domingo, 7 de junho de 2015

Terapia de Reposição Hormonal Alternativa

A terapia de reposição hormonal que vimos até agora se restringia à medicamentosa. Esta possui uma série efeitos colaterais sobre o individuo. A terapia de reposição hormonal que discutiremos hoje se baseia na produção de hormônios por vias naturais.

Muitas mulheres, motivadas pelos efeitos colaterais provocados pelo uso da TRH com uso de medicamentos sintéticos, optam para uma reposição hormonal natural, isto é, através da alimentação ou de seus substratos obtidos de vegetais.  Os hormônios bioidênticos são substâncias com estrutura molecular tridimensional, igual a dos hormônios humanos produzidos pelo nosso organismo, porém estes são produzidos através da engenharia genética recombinante.

Estes hormônios surgiram há mais de 20 anos, através da extração e a manipulação de fitohormônios contidos em vegetais. Assim, partindo do principio que nosso organismo tende a aceitar melhor as substâncias iguais as que produzimos naturalmente, o uso de hormônios bioidênticos nunca estiveram relacionados ao aparecimento do câncer nem de tromboses.

A TRH alternativa vem sendo amplamente discutida e divulgada, pois somente nos Estados Unidos a TRH tradicional teve redução de 91 milhões em 2001 para 57 milhões em 2003, número este que continua em franca diminuição devido ao estudo publicado pela Women’s Health Initiative (WHI) em 2002. No Brasil um estudo realizado por ginecologistas mostram que houve uma redução de 25,2% nas indicação de hormônios sintéticos, e que aproximadamente 46% dos ginecologistas começaram a prescrever a isoflavona, tranqüilizantes e outras medicações naturais para o combate aos sintomas da menopausa.

Com base nestes fatos muitos estudos foram intensificados para a averiguação científica do efeito de uma alimentação balanceada e do uso de concentrados dos fitoestrogênios contra os efeitos da menopausa.

Neste sentido é preciso destacar que a utilização de uma reposição hormonal por meios alternativos e naturais não se trata de negar os efeitos benéficos que os medicamentos sintéticos trazem. Pois, como a TRH é um meio para repor ao organismo uma deficiência hormonal que acontece naturalmente na menopausa, assim torna-se natural buscar na natureza algo que compense esta perda natural do organismo.

Assim, as que optam por uma reposição hormonal natural fazem uso de alimentos fitoterápicos conhecidos como fitohormônios. Os fitohormônios são encontrados em diversas plantas (folhas, frutos, raízes e sementes), como: cimicífuga racemosa, o yam mexicano, o alcaçuz, a linhaça, o trevo vermelho, mas a fonte mais conhecida é a soja.

6 comentários:

  1. Os médicos que trabalham com a medicina fitoterápica consideram reposição alternativa a que inclui hormônios bioidênticos aos que estão presentes no organismo feminino, de origem natural ou sintética, formulados sob medida para cada mulher, nas especificações e dosagens correspondentes ao que está faltando em seu corpo na transição para a menopausa, explica a médica paulista Dina Kaufman, em "O que é reposição alternativa". Existem outras alternativas para tratar os sintomas da menopausa como a homeopatia, que utiliza além das substâncias derivadas de plantas com propriedades hormonais outros fitoterápicos específicos, informa o homeopata e ginecologista João Mattoso.
    Fitohormônios em geral podem resolver os calores e suores, melhorar o bem estar emocional e a qualidade de vida das mulheres que não querem ou não podem fazer a terapia clássica hormonal. Os fitoestrogênios das isoflavonas da soja compõem, sem dúvida, a categoria mais estudada e melhor conhecida até agora, como já foi dito na postagem, mas existem mais de 20 compostos com propriedades hormonais interessantes para melhorar o bem estar da mulher em fase de transição. Entre eles, destacam-se a progesterona natural, extraída do inhame mexicano (Dioscorea villosa), o trevo vermelho (Trifolium pratense), a árvore da castidade (Vitex agnus castus), e a acteia (Cimicifuga racemosa).

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  2. É interessante considerar o processo histórico de como se deu a introdução do uso de hormônios fitoterápicos tanto para TRH como para outros tratamentos. Neste processo, foi possível localizar o contexto no qual se inseriu o desenvolvimento dos fito-hormônios, e fatores que influenciaram a consolidação desta terapêutica: primeiro, o clima de desconfiança instalado após o anúncio dos riscos associados à TRH; e um ambiente sócio-cultural-econômico específico que teve sua emergência nos anos 1960-70, da revalorização de aspectos ligados à ideia de natureza e consequente alteração nos hábitos de consumo, com ecos consistentes nas décadas posteriores. No final dos anos 90 novos produtos foram apresentados aos públicos leigo e especializado para substituir a TRH. Eles passaram a utilizar plantas medicinais como matérias-primas. Entretanto, observava-se que alguns grupos de médicos e pacientes buscavam medicamentos "naturais", mas que tivessem sido submetidos ao processo técnico-científico para atender aos critérios de qualidade e segurança segundo as especificações de controle de qualidade dos produtos fabricados em grandes laboratórios farmacêuticos. Desta forma, as plantas medicinais utilizadas no tratamento do climatério em seu estado in natura (na forma de drogas vegetais secas rasuradas para serem administradas como chás) não seriam neste momento suficientemente "científicas" para atender aos novos critérios de médicos e pacientes. Além de atender a tais critérios, o novo produto deveria ao mesmo tempo contemplar o modelo de precisão de "doses regulares" da biomedicina, sintetizando assim a cadeia de produção que envolvia os processos de purificação, quantificação e padronização de um novo medicamento, o que daria início a uma grande linha de pesquisas no desenvolvimento e aprimoramento dos fito-hormônios na indústria farmacêutica.
    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312012000400013

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  3. O texto aponta o grão da soja como um dos mais empregados para a terapia de reposição hormonal alternativo. Os benefícios que os isoflavonóides da soja (isoflavonas) trazem para o organismo vêm sendo amplamente pesquisados e divulgados. Pesquisas que compararam as populações orientais, que comem soja diariamente, com grupos ocidentais, que pouco consomem este grão, mostram que a mulher oriental sofre menos os efeitos da menopausa e apresentam menor incidência de câncer de mama, de osteoporose e doenças do coração. Em um estudo com 78 mulheres com diagnostico de menopausa e sintomáticas (com presença de ondas de calor, insônia, nervosismo, melancolia, vertigem, fraqueza, artromialgia, cefaléia, palpitação, e formigamento), estas foram divididas em dois grupos, um consumia 2 porções do alimento previna ao dia (60g), o outro fazia uso da TRH convencional. Após 4 meses do estudo, em avaliações clinicas os médicos concluíram que o grupo que o uso do alimento foi eficiente no tratamento dos sintomas da menopausa, na mesma magnitude que o hormônio sintético utilizado para comparação, visto que as reações adversas observadas no tratamento com TRH, tais como mastodínea, tromboflebite, entre outras, foram inexistentes no grupo que utilizou o alimento. Neste grupo, nenhum efeito colateral foi observado e teve o mesmo resultado do grupo que realizou a TRH convencional, mostrando assim a eficácia do alimento concentrado de soja.

    Referência:
    https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol_9_1278355918.pdf

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  4. Mesmo sendo a soja a fonte mais conhecida de fitohormônios, é preciso entender também como ocorre a obtenção desses hormônios a partir de outras plantas, caso a soja mostre-se de difícil acesso ou manuseio. No caso das mulheres, o Yam Mexicano atraiu a atenção da comunidade médica quando cientistas extraíram o hormônio feminino progesterona de sua raiz, sendo essa planta a única fonte de progesterona usada em pílulas contraceptivas por muito tempo. Já para os homens, que também se beneficam pelo uso desses hormônios, o Tribulus terrestris é um dos fito hormônios mais conhecidos, se mostrando muito eficaz no tratamento da impotência e falta de libido masculina aumentando os níveis do hormônio testosterona, enquanto também promove um efeito estimulante no fígado, diminuindo o colesterol e ácidos graxos que inibem seu funcionamento. Quanto ao efeito afrodisíaco, a Maca peruana tem grande destaque, com os resultados de pesquisas mostrando um aumento da quantidade de sêmen, na contagem de espermatozoides e na motilidade espermática. Outras pesquisas destacaram ainda que a ingestão do tubérculo aumentava o desejo sexual e reduzia os níveis de estresse e ansiedade do indivíduo. Acredita-se que este fitohormônio tenha ação sobre o hipotálamo e as glândulas suprarrenais, o que lhe conferiria tais efeitos estimulantes.

    Fonte: http://www.farmaciasempreviva.com.br/fitohormonios.php

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  5. Sociedade Brasileira de Endocrinologia considera os fito-hormônios inócuos ou no mínimo de eficácia não comprovada. Mas na contramão deste pensamento o coordenador do Serviço de Terapias Naturais da UFRJ, Décio Alves, um dos membros da comissão de fitoterapia do Cremerj, considera que os benefícios comprovados de fito-hormônios como as isoflavonas da soja são consistentes. Ele diz que as sociedades de ginecologia e o Cremerj consideram os medicamentos fito-hormonais uma promissora abordagem terapêutica.
    Outra fonte de fitohormônios que atualmente são amplamente consumidos são as sementes de linhaça. A semente de linhaça, comum nas gaiolas de passarinhos, por fazê-los cantar bem alto, é um fito-hormônio adotado há milênios pela medicina chinesa para, aliada à soja e à aveia, eliminar os sintomas da menopausa. As mulheres chinesas nunca sofreram desses transtornos de maneira tão crítica quanto as ocidentais, como o médico Hélion Póvoa conta em seu novo livro, “O cérebro desconhecido” (Editora Objetiva). E tudo graças à linhaça.

    Em uma reportagem dedicada ao público em geral encontramos o seguinte trecho:

    "Existem, ainda, os chamados fitormônios, substâncias vegetais como as isoflavonas e lignanos, muito parecidos com o estrogênio. Podem ser extraídos, por exemplo, da soja, e produzem efeitos semelhantes aos da terapia hormonal convencional. Segundo César Eduardo, o alívio dos sintomas da menopausa, porém, não é da mesma magnitude. E Ricardo Meirelles alerta: "A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia não reconhece os fitormônios como substitutos da terapia hormonal". Nos Estados Unidos, é sabido que esses elementos são utilizados apenas como suplementos alimentares."

    Fontes:
    http://www.bolsademulher.com/corpo/dia-mundial-da-menopausa-2
    http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR51964-6010,00.html

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  6. Como a própria postagem cita, a terapia de reposição hormonal alternativa não busca negar os benefícios da reposição sintética, mas como esta terapia apresenta mais riscos que benefícios, aquela mostra-se de melhor resultado no tratamento. Um ponto interessante é o fato dos orientais terem um consumo consideravelmente maior que os ocidentais na questão dos fitohormônios, principalmente soja. No caso da soja, a mesma é rica em genisteína, que previne câncer e problemas de fígado e vesícula, estimula a formação dos ossos, abaixa o colesterol e protege a parede dos vasos. É indicada para mulheres na menopausa que tenham osteoporose e hipertensão. É também o hormônio de escolha para mulheres com história de câncer na família ou que já se submeteram a mastectomia, já que a genisteína impede a proliferação de tumores. Os fitohormônios podem reduzir os calores, prevenir a osteoporose, baixar o colesterol, proteger o coração e diminuir os riscos de câncer de mama, útero e próstata

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